sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Juíza e e Marcha da Liberdade


É proibido proibir: Marcha da Liberdade (no blog Viomundo, do Luiz Carlos Azenha)









por Kenarik Boujikian Felippe*








Em maio, São Paulo viveu cenas dignas do período da ditadura civil-militar. Vários manifestantes e jornalistas foram espancados e consumiram gás lacrimogêneo ou de pimenta, porque estavam no ato pela liberdade de expressão, que inicialmente seria a “Marcha da Maconha”, permitida há três anos por juízes de São Paulo, mas vetada pelo Tribunal de Justiça.








Mas que fique claro que desnecessário pedir ao Judiciário para se manifestar, pois nenhum dos poderes de Estado têm a função de censurar o conteúdo das manifestações sociais, como estabelecido em nossa Constituição, que fixou diversas garantias e direitos, dentre eles a liberdade de reunião, instrumento para concretizar a liberdade de expressão, manifestação, incluindo o direito de protesto. A normativa internacional, regional e nacional segue a mesma direção e constou inclusive das observações do Relator Especial sobre a Liberdade de Expressão da CIDH, referindo-se às proibições a atinentes à “Marcha da Maconha” que “marchas de cidadãos pacíficas em áreas públicas são demonstrações protegidas pelo direito à liberdade de expressão”.








O Estado Democrático de Direito pressupõe o debate aberto e público. Não é possível criar uma sociedade livre, justa e solidária sem o patamar da liberdade de expressão e de reunião, sustentáculos da democracia.







Impedir o exercício destes direitos significa retirar dos cidadãos o controle sobre os assuntos públicos.







O direito de reunião, de protestar, é de primeira grandeza, a ser resguardado pelo Poder Judiciário, na medida que este direito é o único que pode fazer valer os demais direitos fundamentais, especialmente destinados aos mais vulneráveis e à diversidade.







Como defende o constitucionalista argentino, Roberto Gargarella, o direito de protesto é o primeiro direito, porque é a base para a preservação dos demais. No núcleo essencial dos direitos, em uma democracia, está o direito de protestar, de criticar o poder público e privado. Não há democracia sem possibilidade de dissentir e de expressar o dissenso.







Entretanto, o que se tem observado, é que o direito de reunião e liberdade de expressão passam a ter como paradigma o direito criminal. Não é o código penal que deve estar à mão, quando se decide sobre estes direitos, pois este tem como ápice a repressão, a criminalização. O paradigma deve ser o constitucional, sempre, pois o norte é o nível de proteção que os direitos fundamentais exigem e que devem ser priorizados.







O exercício da liberdade de expressão e reunião é imprescindível para tornar visível a cidadania. Ir às ruas e praças, que ressoam um modo de refletir, de ver, de mostrar e compartilhar idéias com os demais cidadãos e com o próprio Estado é gesto que se repete desde a origem da democracia, que não se limita ao sufrágio eleitoral, cujo resultado indica que está circunscrito às maiorias, pois há um déficit visível de representação de interesses dos direitos econômicos e sociais agasalhados pela Constituição.







A democracia exige o comprometimento dos cidadãos e exercer os direitos mencionados é uma forma de participar dos desígnios do Estado e de suas políticas públicas. Nesta hora não deixa de vir à mente a imagem da faixa estendida em 1979, em pleno jogo, pelos Gaviões da Fiel: “Anistia, ampla, geral e irrestrita”, os comícios dos trabalhadores, o gigantesco ato pelas diretas no Anhangabaú, as marchas das mulheres e tantas mais, maiores e menores.







Não precisa pedir para Justiça para se manifestar.







Desdenhar a liberdade de expressão e reunião é asfixiar e por fim matar a democracia, que não terá como subsistir com golpe de cassetes e outros golpes.







Então, Marcha pela liberdade: presente







*Kenarik Boujikian Felippe, juíza de direito em São Paulo, secretaria da Associação Juízes para a Democracia










quarta-feira, 25 de maio de 2011

A democracia fica menor cada vez que uma manifestação é reprimida a bala


   Marcelo Semer lembra os jovens da Espanha sem partidos e lideranças e a praça Tahir. O que leva à crítica de Rousseau à representação: os ingleses pensam que são livres porque de 4 em 4 anos elegem um parlamento, mas depois voltam a ser escravos. A bancada ruralista comemorando é um insulto à democracia. Qual a diferença mesmo entre o Estado e um bando de piratas, segundo Agostinho? Ah, lembrei: a Justiça

Aqui

terça-feira, 24 de maio de 2011

SE


                                              

Se ris de piada sobre judeus, Auschwitz e vagão de trem



Se achas engraçado desdenhar de mulheres estupradas



Se pensas que Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Pondé são gênios da raça



Se tens a opinião de que Bolsonaro está sendo excessivamente criticado só por dizer o que pensa



Se crês na revista Veja



Se entendes que a união homoafetiva é uma perversão da natureza



Se escreves que a gente branquinha do sul é mais digna



Se dizes que direitos humanos é para proteger bandidos



Se tuítas na internet que nordestinos e negros são inferiores



Se estás a favor de bater em quem vai às ruas pedir mudanças na lei



Se sentes orgulho em ser “politicamente incorreto” e de fazer praça da tua suposta "superioridade" social ou racial



Tu és uma anta







(Inspirado em crônica de Marcelo Rubens Paiva e no poema “Se” de Rudyard Kipling)








sábado, 21 de maio de 2011

Atilio Boron: os jovens da Espanha nos 140 anos da Comuna de Paris



                                       Los "indignados" y la Comuna de Paris





    Tal vez por una de esas sorpresas de la historia el gran levantamiento popular que hoy conmueve a España (y que comienza a reverberar en el resto de Europa) estalla en coincidencia con el 140º aniversario de la Comuna de París, una gesta heroica en la cual la demanda fundamental también era la democracia. Pero una democracia concebida como gobierno del pueblo, por el pueblo y para el pueblo y no como un régimen al servicio del patronato y en el cual la voluntad y los intereses populares están inexorablemente subordinados al imperativo de la ganancia empresarial.
Precisamente por eso las demandas de los “indignados” tienen resonancias que evocan inmediatamente aquellas que, con las armas en la mano, salieron a defender las parisinas y los parisinos en las heroicas jornadas de 1871 y que culminaron con la constitución del primer gobierno de la clase obrera, si bien restringido a la ciudad de París. Un gobierno que duró poco más de dos meses y que luego fue aplastado por el ejército francés con la abierta complicidad y cooperación de las tropas de Bismarck, que poco antes le había propinado una humillante derrota a los herederos de los ejércitos napoleónicos. El ensañamiento contra los parisinos que tuvieron la osadía de querer tomar el cielo por asalto y fundar una democracia verdadera fue terrible: se calcula que más de treinta mil comuneros fueron pasados por las armas, en ejecuciones sumarias sin juicio previo. La Comuna fue ahogada en un río de sangre y para expiar sus “crímenes” la Asamblea Nacional decidió erigir, en la colina más elevada de París, en Montmartre, la basílica del Sacré Coeur, construida con los fondos aportados por una suscripción popular en toda Francia que, para honor de los parisinos, sólo una ínfima parte de lo recaudado provino de la ciudad martirizada por la reacción. París fue derrotada, pero las parisinas y los parisinos no fueron puestos de rodillas.
La Comuna descreía de la institucionalidad burguesa, insanablemente tramposa porque sabía que a ese aparatoso entramado de leyes, normas y agencias gubernamentales sólo le preocupaba consolidar la riqueza y los privilegios de las clases dominantes y mantener sometido al pueblo; exigía una democracia directa y participativa y la derogación del parlamentarismo, esa viciosa deformación de la política convertida en hueca charlatanería y ámbito de todo tipo de transas y negociaciones ajenas por completo al bienestar de las mayorías; demandaba la creación de un nuevo orden político, ejecutivo y legislativo, a la vez, basado en el sufragio universal (hombres y mujeres por igual, no como ocurriría después en los capitalismos democráticos en los cuales lo “universal” se referiría exclusivamente a los varones) y con representantes fácilmente revocables y directamente responsables ante sus mandantes. Los comuneros querían una democracia genuina, no ficticia, en la que tanto los representantes del pueblo como la burocracia estatal no gozarían de privilegio alguno y tendrían una remuneración equivalente a la del salario promedio del obrero, entre otras medidas tales como la consumación de la separación entre la Iglesia y el Estado y la universalización de la educación laica, libre y obligatoria para varones y mujeres por igual.
Basta con echar una mirada a los documentos de los “indignados” de hoy para comprobar la asombrosa actualidad de las demandas de los comuneros y lo poco, muy poco, que ha cambiado la política del capitalismo. Los jóvenes y no tan jóvenes que revientan unas 150 plazas de España no son “apolíticos”, o “antipolíticos”, como una cierta prensa nos quiere hacer creer, sino gentes profundamente politizadas que se toman en serio la promesa de la democracia y que, por eso mismo, se rebelan en contra de la falsa democracia, surgida de las entrañas del franquismo y consagrada en el tan aplaudido Pacto de la Moncloa, exhibido como un acto de ejemplar ingeniería política democrática ante los pueblos latinoamericanos. Una democracia que los acampados denuncian como un engaño, un simulacro que bajo sus edulcorados ropajes oculta la persistencia de una cruel dictadura que descarga el peso de la crisis desatada por los capitalistas sobre los hombros de los trabajadores. Lo que la “ejemplar” democracia de la Moncloa propone para enfrentarla es el despotismo del mercado, enemigo irreconciliable de cualquier proyecto democrático: facilitar los despidos de los trabajadores, reducir sus salarios, recortar los derechos laborales, congelar las pensiones y aumentar la edad requerida para jubilarse, disminuir el empleo público, recortar los presupuestos en salud y educación, privatizar empresas y programas gubernamentales y, coronando toda esta estafa, reducir aún más los impuestos a las grandes fortunas y a las empresas para que con el dinero sobrante inviertan en nuevos emprendimientos. La famosa y mil veces refutada “teoría del derrame” una vez más, que supone que el pueblo es idiota y que no se da cuenta que si los ricos tienen más dinero se requiere de un milagro para que no sucumban ante la tentación del casino financiero global para invertir en la creación de empresas generadoras de nuevas fuentes de trabajo. La experiencia indica que la tentación es demasiado grande.
La respuesta de la falsa democracia española -en realidad, una sórdida plutocracia que los jóvenes quieren destronar y reemplazar por una democracia digna de ese nombre- ante la crisis provocada por la insaciable voracidad de la burguesía es profundizar el capitalismo, aplicando las recetas del FMI hasta que la sociedad se desangre y hundida en el desánimo y la miseria acepte una “solución neofascista” que recomponga el orden perdido. No hay recambio posible dentro de la trampa pseudodemocrática española porque su famoso bipartidismo ha demostrado ser no otra cosa que las dos caras de un sólo partido: el del capital. Pero ahora el contubernio entre el PSOE y el PP se ha topado con un obstáculo inesperado: alentado por los vientos que desde el norte de África cruzan el Mediterráneo los jóvenes, víctimas principales pero no exclusivas de este saqueo, “han dicho ¡basta! y echado a andar”, como una vez lo expresara el Comandante Ernesto “Che” Guevara en su célebre discurso de 1964 ante la Asamblea General de las Naciones Unidas.
Ya nada volverá a ser como antes en España. El desprestigio de su clase política parece haber sobrepasado el punto de no retorno y la crisis de legitimidad de la pseudo democracia llega a profundidades insondables; si egipcios y tunecinos pudieron deshacerse de las corruptas camarillas gobernantes, ¿por qué no podrían también hacerlo los “indignados”? Las obscenas incoherencias éticas del verdadero rector de la economía española, el FMI, no pueden sino irritar y movilizar a camadas cada vez más amplias de ciudadanas y ciudadanos: mientras estos padecen todo tipo de recortes a sus ingresos y sus derechos laborales,  los bandidos del FMI deciden premiar a Dominique Strauss Kahn con una indemnización de 250.000 dólares porque renunció anticipadamente a su cargo … ¡por haber incurrido en un gravísimo delito como el asalto sexual a una trabajadora africana en un hotel de Nueva York! Aparte de eso, disfrutará de una jugosísima jubilación que le es negada a millones de españoles y europeos en Portugal, Grecia, Irlanda, Islandia ... ¡Y esa es la gente que dice saber cómo se sale de la situación que está hundiendo al mundo en la peor crisis económica de la historia! Sin haber leído a los clásicos del marxismo la vida les enseñó a los “indignados” que no hay democracia posible bajo el capitalismo,  que como decía Rosa Luxemburg sin socialismo no hay ni habrá democracia y que el capitalismo es insanablemente antagónico con la democracia. La historia ha dado un veredicto inapelable: más capitalismo, menos democracia, en el Norte opulento e industrializado igual que en el Sur global. La vida les enseñó también que cuando aúnan sus voluntades, se organizan y se educan en el debate de ideas para superar la estupidización de masas programada por la industria cultural del capitalismo, su fuerza es capaz de paralizar a la partidocracia y poner en crisis la pseudo democracia con que se los engañaba. Si persisten en su lucha podrán también derrotar la prepotencia del capital y, eventualmente, iniciar una nueva etapa en la historia no sólo de España sino también de Europa. Los pueblos del mundo entero tienen hoy sus ojos puestos en las calles y plazas de España, donde se está librando un combate decisivo.  

Do Oriente para a Espanha. Milhares de pessoas nas ruas de Barcelona. A midia aqui não noticia.





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Palestina e Não-Violência



   Foi lá por 2002, 2003, no Forum Social Mundial, em Porto Alegre. Um evento  bastante concorrido discutia a questão palestina no ginásio lotado do Beira-Rio. Uma moça da platéia se inscreve para falar. Não fala mais do que 2 minutos. “Gente, violência contra violência. Por que os palestinos não adotam a estratégia da não violência? Por que não seguem os exemplos de Gandhi e Martin Luther King? Por que não discutimos isso?”.  Ninguém deu importância, e me pareceu que algumas pessoas olharam para a  moça como se fosse um ET. Gostaria muito que aquele moça de boa vontade lesse este link











terça-feira, 17 de maio de 2011

A tortura e o governo dos EUA



"O assassinato de Bin Laden obscureceu o impressionante fato de a tortura ter passado a ser defendida abertamente pelo governo dos EUA. Talvez resida neste fato o maior retrocesso na cultura em nossa época. A defesa da tortura anuncia a barbárie. Vem coisa pior por aí. Mantida esta lógica, ao fim e ao cabo, o terrorismo será o único vencedor. Terá transformado seus inimigos em cópias fiéis"


                                                                                                       Marcos Rolim

sexta-feira, 13 de maio de 2011

HÁ JUÍZES NO BRASIL: OS 20 ANOS DA ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA



          “A questão social é caso de polícia”. A frase de Washington Luis é adequado exemplo da  clássica contribuição de Marx à análise da História:  o Estado como aparato repressivo  a serviço da dominação de classe. O que é caso de polícia é caso de juízes. Uma estrutura de poder tem uma face tangível e um impulso intangível.  O impulso de um  cassetete  cortando o ar é dado antes  e legitimado depois  por um “saber”. Este “saber” aparece como uma técnica fria e neutra: aos juízes, como juízes,  compete aplicar leis, e não ter consciência social ou cogitar da justiça da norma.




Em uma sociedade estruturalmente desigual o juiz neutro é uma falácia risível. Um juiz que se pretende  neutro diante do desigual equivale a   matéria inerte,   peça de uma engrenagem de dominação. O Judiciário era parte ontem da estrutura do Império escravocrata. Era parte ontem da estrutura da República Velha que fazia da questão social caso de polícia. É parte hoje da estrutura de dominação fundiária para quem o movimento dos sem terra  é o  tipo penal “bando ou quadrilha”. É parte hoje de uma mentalidade que pensa que estaremos mais  seguros se o Estado responder  à violência com mais violência e desrespeitando direitos básicos, sem se dar conta de que isto gera um círculo vicioso infernal que conduz à barbárie.




Há juízes no Brasil, no entanto. Há juízes cujas consciências lhes permitem agir como espíritos livres mesmo no interior da  matéria inerte das engrenagens de dominação. Entendem que a função do Judiciário é garantir direitos;   sabem que garantir direitos em uma sociedade desigual é o modo evidente de fazer justiça; compreendem que para isso há a exigência de olhar para a realidade social;   e que princípios e valores devem subordinar normas positivas para que essa realidade se transforme e o Direito cumpra uma função social.




Na construção do processo democrático brasileiro juízes que escapavam do padrão conservador do Judiciário existiam, mas  eram praticamente invisíveis. Nas décadas mais recentes começaram a se fazer notar. Há 20 anos alguns organizaram-se em uma associação que passou a ser o símbolo da idéia de um Judiciário aberto e moderno. Em 13 de maio de 1991 foi fundada a Associação Juízes para a Democracia, completando agora 20 anos. Tiveram a coragem de escolher  o desassossego dos rebeldes em um meio em que  o peso da  tradição  é tremendo.




Quem escreve a sério sobre a escravidão não pode omitir a função desempenhada pelo Judiciário no Império. Quem escreve a sério sobre a República Velha não pode omitir a função do Judiciário na “questão social como caso de polícia”. Quem escrever a sério sobre nosso tempo não poderá omitir o papel do Judiciário na criminalização dos movimentos sociais. Mas   quem escrever a sério sobre o Judiciário no nosso tempo na perspectiva da  construção do processo democrático brasileiro não poderá omitir  a Associação Juízes para a Democracia.




Há juízes em Berlim. Há juízes no Brasil.














   






quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bush, Obama x Bin Laden: queima de arquivos entre quadrilhas rivais


   Texto  de Laerte Braga, postado no Facebook por Marcia Camargos.




   Dá para pensar num julgamento de Osama bin Laden, público? Ou seja, o líder da AL QAEDA preso e sendo submetido a um julgamento por seus “crimes”? Imagine quando ele começasse a falar do treinamento militar que recebeu nos EUA e dos EUA, armas e recursos, para lutar no Afeganistão contra os soviéticos? Ou das ligações de sua família com a família do ex-presidente Bush? São sócios nos negócios de petróleo.




Contasse cada momento de suas ações e suas relações ora amigas, ora hostis em relação aos EUA?




Todas as verdades/mentiras do terrorismo norte-americano cairiam por terra. Não ia sobrar pedra sobre pedra, por uma razão simples, os caras não conseguiriam explicar nem o cinismo e nem a insanidade.



Foi queima de arquivo entre quadrilhas rivais só isso.




Uma leitura atenta do noticiário sobre o assassinato do líder da AL QAEDA Osama bin Laden, a cada dia, vai mostrando a insanidade dos que dirigem o complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Não há diferenças entre George Bush e Barack Bobama no essencial. Bush não fala e anda ao mesmo tempo e Bobama consegue andar e falar simultaneamente. E pára por aí. São iguais.




Funcionários qualificados da CIA – AGÊNCIA CENTRAL DE INTELIGÊNCIA – afirmam publicamente que usaram tortura para obter as informações necessárias à localização de Osama bin Laden. Técnicas – como chamam – de afogamento, “métodos especiais” que encobrem choques elétricos, espancamento, estupros, enfim, nada que torne o presidente dos EUA diferente também de bin Laden.




O juiz brasileiro Marcelo Semer, no blog SEM JUÍZO, faz uma análise que mostra essa equivalência. A transformação do chamado senso de justiça dos Estados Unidos em ações terroristas, criminosas, à margem do direito internacional e cita inclusive o julgamento de Nuremberg como exemplo e ao mesmo tempo ponto de partida dessas transformações.




A filha de Osama bin Laden, uma delas, de 12 anos, diz que seu pai foi capturado vivo e depois então assassinado pelos terroristas norte-americanos. A notícia foi divulgada pelo canal de tevê da Arábia Saudita (país aliado dos EUA) EL ARABIYA. A notícia acrescenta que o comando de insanos que atacou a residência de Osama, após prendê-lo, colocou-o à frente de seus familiares e então o executaram. Barbárie pura.



Insânia absoluta.




O governo do Paquistão, um país que detém armas nucleares, não tinha a menor idéia do que estava acontecendo, não foi avisado sobre a operação – medo de atrapalhar os norte-americanos – e, na prática, os terroristas que mataram o líder da AL QAEDA dançaram e sapatearam sobre o território paquistanês.




As forças armadas do Paquistão têm fama de corrupção quase que absoluta, como boa parte das forças armadas de vários países colonizados ou ocupados pelos EUA. Vale dizer que a morte de bin Laden deve ter rendido bons milhões de dólares a militares e políticos por ali. O primeiro-ministro do país está na França tentando explicar o inexplicável. Ou negociando com bancos europeus o rico dinheirinho da propina para manter o povo paquistanês sob controle e céu de brigadeiro para os helicópteros norte-americanos.




Se são insanos os norte-americanos, são bananas os militares paquistaneses.Para se ter uma idéia mais clara, são como os militares golpistas no Brasil em 1964 sob o comando do general do exército dos EUA Vernon Walthers.




Jornais, revistas, redes de tevês no mundo inteiro – a esmagadora maioria parte do imenso complexo terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A – noticiam que as pessoas deixadas na casa após a operação criminosa o foram pelo simples fato que um dos helicópteros usados pelos bandoleiros apresentou problemas e não deu para levar todas.




A febre de comemorações ainda não foi debelada nos EUA. É a reação a um sintoma grave de infecção moral da imensa e esmagadora maioria dos norte-americanos, mais de 90% segundo uma pesquisa, aprovando esse tipo de ação.




O que isso revela é que Bobama conscientizou-se que precisa ser cada vez mais Bush para ter chances de reeleito.




A operação que matou Osama pode ser comparada a um daqueles westerns em que bandidos invadem a casa de concorrentes e chacinam a todos.




Foi queima de arquivo. Prender o líder da AL QAEDA e levá-lo a julgamento implicaria em ouvir as histórias de Osama sobre sua aliança com os EUA para lutar contra os soviéticos, as ligações familiares com Bush e um monte de outras coisas que jogariam por terra as “verdades” terroristas dos EUA.




O banana que ocupa a chancelaria brasileira e não é por acaso tem o sobrenome Patriota aceitou a ação terrorista dos pistoleiros dos EUA.




Não existe no Islã nenhum tipo de incitação à violência gratuita. Ao contrário das outras duas religiões monoteístas – cristianismo e judaísmo – os islamitas não buscam catequizar povos como os Astecas, por exemplo, eliminando insurgentes e escravizando o que não aceitam o tacão nazista de Washington.




Isso foi ao tempo da descoberta da América e permanece com os EUA, na doutrina de James Monroe – “a América para os americanos –. Com uma pequena mudança. “O mundo para os norte-americanos”.




A secretária de Estado Condoleeza Rice (epa!), quer dizer, Hilary Clinton, disse a jornalistas que “foram os trinta e oito minutos mais intensos de sua vida”. “Que se fez justiça”. “Que bin Laden era um inimigo dos Estados Unidos”.




Uma pessoa conhecida lembrou Roy Rogers, o cowboy norte-americano. Barack Hussein Bobama vai fazer a campanha eleitoral montado em Tigger, o cavalo do dito Rogers. No melhor estilo George Bush.




São insanos, se atribuem o poder absoluto sobre o mundo inteiro. A GLOBO aplaude e o chanceler brasileiro diz que está tudo certo. E Dilma vem dizer que não admite transgressões sobre os direitos humanos.



Quer dizer, não admite em relação aos amigos, aos inimigos... Danem-se.




O espetáculo público que a mídia colonizada confere ao assassinato de Osama bin Laden é dos mais repugnantes exemplos que a mentalidade bandida tomou conta e esta sendo vendido em lojas, supermercados, shoppings, quiosques, etc, com o carimbo de “justiça”.



Vamos ver quando a manada vai acordar, se é que vai.
















.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mais um excelente texto sobre a execução de Bin Laden.



   Há algum tempo visitei, por indicação de um amigo comum, o blog da Ana. Ótimo texto, leveza, humor e inteligência. Ela postou aqui um comentário, o que me fez lembrar que eu não havia posto o seu blog na minha lista no menu à direita, o que faço agora me penitenciando. É o Cantando no Toró.

Leia aqui o texto da Ana

Execução de Bin Laden: a Delinquência Internacional dos EUA



   Marcelo Semer publica em sua coluna do Terra lúcido artigo sobre a execução de Bin Laden pelos EUA, violando regras da civilização e o Direito Internacional. Link abaixo para o seu blog.

Leia aqui o artigo de Marcelo Semer


terça-feira, 3 de maio de 2011

Osama e a Vingança





    Blog do Ricardo Soares



   A humanidade, essa imensa legião de perdidos em equivocos, ainda crê que justiça e honra se lava com sangue. Enquanto assim for estaremos mesmo condenados à extinção. A morte de Bin Laden e o regozijo que isso provoca ( falam que não é alegria é comemoração por justiça, ó céus) é o atestado definitivo de que estamos mesmo muito doentes quando a imensa maioria concorda com a eliminação física de um fanático ao invés do seu julgamento e desterro perpetuo para pensar no que fez. Não sou sequer um Gandhi de suburbio e nem preciso ser para enxergar que ninguém vê mais nada nessa neblina espessa.